Sobre Daniel Rodrigues

Mestre em Estudos Linguísticos pela Unesp de Rio Preto e bacharel em Letras com Habilitação de Tradutor pela mesma universidade. Especializou-se em Gestão da Educação a distância pela Universidade Federal de Juiz de Fora e em Gestão Empresarial pela FGV. É diretor-proprietário da CCLi. Antes de fundar a empresa, lecionou em escolas de línguas e universidades. Foi também presidente da Apliesp (Associação dos Professores de Língua Inglesa do Estado de São Paulo). Em 2012, tornou-se diretor cultural da ACIRP (Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto).

24 de outubro – Dia Internacional da Poliomielite

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Tenho estado bastante ausente do meu blog por ter assumido a presidência do meu Rotary Clube, o que tem exigido muito trabalho e feito com que não pudesse manter a frequência dos posts. No entanto, aproveito que hoje é um dia em que nos mobilizamos para uma das principais bandeiras do Rotary para escrever novamente com o objetivo de ajudar na divulgação do programa END POLIO NOW e no engajamento da comunidade na erradicação da poliomielite no mundo.

A poliomielite, ou paralisia infantil, já foi uma das doenças mais temidas pelos pais quando seus filhos eram pequenos, pois no início do século passado houve grandes epidemias da doença, que deixaram centenas de milhares de pessoas com paralisia ao redor do mundo a cada ano.

Somente na década de 50 é que a vacina para a poliomielite foi descoberta e, desde então, o número de novos casos caiu das centenas de milhares para menos de mil. O Rotary Internacional foi uma das principais instituições que se mobilizaram para ajudar no combate à poliomielite e para promover a sua erradicação. Em 1988, havia 125 países com casos endêmicos de poliomielite e apenas 71 países com a doença erradicada. Com a intensificação das campanhas de vacinação, esse número caiu para apenas três países com casos endêmicos, sendo que 193 países já erradicaram a doença. 

No entanto, a mobilização não pode parar enquanto a doença não estiver completamente erradicada do planeta. Por menos de R$ 1,50, uma criança já é protegida do vírus da poliomielite por toda sua vida. Mais de 10 milhões de crianças com menos de 5 anos ainda podem ser paralisadas pela poliomielite nos próximos 40 anos.

Este ano, a arrecadação de fundos para o programa End Polio Now terá um impacto ainda maior em virtude de ter recebido o apoio da Fundação Bill e Melinda Gates. A Fundação irá equiparar cada dólar doado para a erradicação da pólio na proporção 2 para 1 até 2018. Assim, toda verba destinada pelo Rotary a esse programa terá um impacto três vezes maior.

Para ajudar, procure um Rotary Clube em sua cidade e conheça os projetos de capacitação de recursos para a Fundação Rotária. Acesse também o site oficial do programa http://www.endpolio.org/. Vamos nos unir para que as doações aumentem e gerem recursos suficientes para imunizar todas as crianças que ainda podem ser contaminadas pela doença.

Aniversário de 3 anos do Núcleo de Cultura da ACIRP

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Neste mês de maio, o Núcleo de Cultura da ACIRP comemora 3 anos. Mas, você deve estar se perguntando, o que é este núcleo? É com este artigo, em que homenageio o aniversariante, que procurarei também responder um pouco a essa pergunta.

Em 2010, a então diretora cultural da ACIRP, Cássia Guerra, fundou o Núcleo de Cultura com o objetivo de termos um elo oficial entre os artistas e produtores culturais e os empresários da nossa cidade. O Núcleo é aberto a todo e qualquer associado que tenha interesse em ajudar a divulgar a cultura em nossa cidade, quer por meio das ações do próprio núcleo, quer por meio de uma ampliação da sua visão empresarial de como o fomento à cultura pode trazer benefícios à sua própria marca.

Há um ano, ao assumir a diretoria cultural da ACIRP, assumi, por consequência, a grande responsabilidade de continuar os trabalhos do Núcleo de Cultura. Uma das diretrizes que buscamos reforçar nessa gestão é apoiar o trabalho da missão da entidade, que é: “Defender os interesses dos associados, do empresariado e do empreendedorismo, promovendo o associativismo, a prestação de serviços aos associados, a capacitação da equipe de gestão, e a contribuição para o desenvolvimento e promoção dos ambientes empresariais favoráveis de São José do Rio Preto e região e dos diversos setores da economia”.

Por isso, estamos buscando despertar em nossa cidade a importância de se pensar na Economia Criativa, um termo cunhado pelo autor inglês John Howkins e que pode ser definido como “atividades em que indivíduos exercitam a sua imaginação, explorando seu valor econômico. Pode ser definida como processos que envolvam criação, produção e distribuição de produtos e serviços, usando o conhecimento, a criatividade e o capital intelectual como principais recursos produtivos”. Veja que estamos falando de explorar o valor econômico da criação, um ativo intangível, mas cada vez mais valioso na sociedade atual. Um grande exemplo, até já um pouco batido, sobre isso é a questão da importância do design dentro da Apple. Já houve até quem a definisse como uma empresa de design e não como uma empresa de fabricação de produtos eletrônicos, pois a fabricação é terceirizada e os funcionários da empresa se preocupam mesmo é com a criação e inovação. A importância da Economia Criativa em nossas vidas é inegável e precisamos nos organizar melhor para usufruir dos benefícios dessa exploração comercial.

Atento a isso, o Núcleo de Cultura realiza, para comemorar o seu aniversário, duas palestras que abordam direta ou indiretamente o tema. A palestra com Roberto Cocenza abordará de modo direto, pois discorrerá sobre um breve histórico da área e trará exemplos práticos. A palestra com Efren Colombani falará sobre uma forma de financiamento de atividades culturais por meio de incentivos fiscais e é voltada aos empresários que queiram contribuir para estimular esse setor em nossa cidade e que não querem limitar-se às possibilidades do seu próprio caixa. Todos estão convidados, pois as palestras são gratuitas. As reservas de lugares podem ser feitas diretamente com a ACIRP.

Parabenizo todos os integrantes do Núcleo de Cultura da ACIRP pelo seu terceiro ano em ação, bem como a presidente da entidade, Adriana Neves, e todos os seus diretores por apoiarem diretamente a existência do Núcleo e suas realizações. Que nosso Núcleo de Cultura consiga estimular o debate sobre a Economia Criativa em São José do Rio Preto e aproximar dessas ações os empresários para que possamos explorar todo o potencial econômico que nossa cidade tem nesse segmento. 

O Poder do Hábito, de Charles Duhigg

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A leitura desse livro é muito gostosa e produtiva! Ele é repleto de exemplos e casos concretos que nos mostram como nossos hábitos funcionam e como podemos agir para tentar alterá-los e melhorarmos nossos comportamentos desejados. Embora eu, particularmente, seja mais a favor da filosofia e da psicanálise que do comportamentalismo, é difícil não reconhecer as vantagens que a abordagem proposta pelo autor pode trazer para o nosso cotidiano.

Abordarei especialmente minha visão sobre a aplicação da abordagem no ambiente empresarial utilizando, especialmente, o exemplo do próprio livro sobre a troca de presidentes na Alcoa, a maior empresa de alumínio do mundo. Segundo o livro, o novo presidente da empresa, no seu discurso de posse, não mencionou que seus objetivos fossem aumentar os lucros aos acionistas ou o faturamento da empresa, mas sim zelar, frente à empresa, pela segurança de seus trabalhadores nas plantas ao redor do mundo.

É claro que todos os acionistas presentes na cerimônia ficaram bastante confusos e incrédulos com o direcionamento do novo presidente. No entanto, o que ele estava fazendo era apenas o passo inicial para promover uma grande transformação cultural no ambiente da Alcoa. Para isso, ele apoderou-se da teoria da “loop do hábito” e escolheu um hábito que pudesse unir todos os níveis da empresa de forma unânime. Quem poderia ir contra a sua própria segurança? Quem poderia defender que essa preocupação não era verdadeiramente relevante? Enfim, o presidente conseguiu encontrar um ponto de partida único e relevante dentro do contexto para promover várias mudanças em busca de atingir esse desejo, colocando, assim, o loop do hábito em funcionamento. Mas o que é o loop do hábito?

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Segundo o autor, tudo começa com uma “deixa”, ou seja, um motivo que nos faz agir em busca de uma recompensa. Quando automatizamos esse loop, o hábito está instaurado e começamos a agir sem pensar. Esse mecanismo explica, por exemplo, porque muitos fumantes acendem um cigarro após tomar um café, por exemplo. Nesse caso, o café é a “deixa” para acender o cigarro (rotina) para receber a recompensa (prazer de fumar).

No caso da Alcoa, a segurança se tornou a recompensa. Logo, várias deixas foram começando a ser percebidas para que as rotinas da empresa se tornassem mais seguras e levassem à recompensa desejada. Nesse processo, por exemplo, o desperdício de material (alumínio líquido) diminuiu drasticamente já que qualquer respingo levaria ao ferimento do funcionário. Com a adesão de todos os trabalhadores, as mudanças foram mais fáceis e mais rápidas de serem implementadas, pois todos tinham o mesmo motivo e buscavam o mesmo comportamento para conseguir a desejada segurança. Esse seria um hábito transversal que, segundo o autor, é aquele que faz com que vários outros hábitos sejam revistos e alterados, pois têm o poder de impactar várias outras áreas em função da sua recompensa.

O resultado para a Alcoa? Nunca seus funcionários se sentiram tão felizes e importantes, já que todos agiam para preservar sua própria segurança. Como consequência, nunca a empresa foi tão lucrativa.

O livro é recheado de vários outros exemplos da vida cotidiana e também da vida corporativa e, por isso, é uma leitura recomendada. Importante refletir como um simples hábito pode levar à transformação de toda uma cultura e ter um impacto tão significativo em um resultado de uma corporação dessa magnitude.

Depois da leitura, fiquei instigado a encontrar qual seria o hábito transversal a ser aplicado e priorizado na minha própria empresa. Discutimos o assunto nas reuniões de liderança e nas reuniões de equipe e estamos começando a desenhar um projeto. Quando tivermos amadurecido o projeto e colhido os primeiros resultados da sua implantação, escreverei um post sobre esse processo. Aguardem!

Projeto Arte na Praça

ACIRP

Em maio do ano passado, recebi o honroso convite da presidente da ACIRP, Adriana Neves, para assumir a Diretoria Cultural da entidade. Nosso principal objetivo é defender os pilares da entidade e prestar serviços aos associados. Por isso, ao elaborar o plano de ação da Diretoria Cultural tinha a difícil missão de conseguir desenvolver um projeto que aliasse o desenvolvimento cultural às necessidades dos associados do comércio e que também ressaltasse a importância do setor cultural dentro das atividades econômicas da cidade.

Para cumprir esses objetivos, o Núcleo da Cultura da ACIRP se reuniu várias vezes no último semestre para desenvolver o projeto “Arte na Praça”, que acaba de ser aprovado pelo Ministério da Cultura para captar recursos por meio de incentivos fiscais da Lei Rouanet.

O projeto “Arte na Praça 2013” prevê a realização de evento artístico/cultural com intensa programação de espetáculos de teatro e dança, grupos e bandas musicais, apresentações circenses e folclóricas, intervenções artísticas, varal de poesia e feira de doação de livros e será realizado sempre aos segundos sábados de cada mês, nas Praças Rui Barbosa e Dom José Marcondes. O projeto irá ocupar a área central da cidade, local de preservação histórica e cultural, buscando intervir no cotidiano dos comerciantes, dos comerciários e dos consumidores que por lá transitam, oferecendo-lhes o acesso pleno e democrático à arte e à cultura.

Nosso cronograma prevê o início das atividades no próximo mês de julho, mas, para isso, é imprescindível que consigamos arrecadar pelo menos 20% do montante total do projeto para cumprir os requisitos legais para movimentação dos recursos financeiros captados. Para isso, toda a diretoria está se envolvendo para buscar apoio de empresas da nossa cidade e região que possam usufruir dos benefícios da Lei Rouanet para patrocinar o evento.

É importantíssimo conseguirmos reunir um número de empresas suficientes para financiar todo o projeto, pois, com isso, estaremos conseguindo impactar significativamente na revitalização da área central também do ponto de vista humano, ocupando o espaço público e gerando uma maior circulação no comércio local. Além disso, como serão priorizadas apresentações de artistas da nossa própria cidade, teremos uma injeção desses recursos na nossa própria economia, fazendo com que a roda gire e todos na cadeia sejam beneficiados, extrapolando o benefício direto ao cidadão que poderá contemplar as apresentações gratuitamente.

Por isso, conto com o apoio de todos para divulgarem o projeto e nos ajudarem a fazer contatos com potenciais apoiadores para que tenhamos, a partir de julho, mais uma realização da ACIRP para beneficiar seus associados e todos os cidadãos rio-pretenses.

 

Comunicação 3.0

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Participei na semana passada de um workshop promovido pela Multivias Comunicação sobre como colocar o site da sua empresa na primeira página do Google. Como é um tema extremamente relevante nos dias de hoje e como temos utilizado essa consultoria da própria Multivias para nosso trabalho de comunicação integrada na CCLi Consultoria Linguística, decidi compartilhar um pouco sobre o que foi dito para que possa pensar nessa estratégia para sua empresa também.

Primeiramente, acho que até é dispensável dizer sobre por que estar na primeira página do Google é importante para qualquer empresa hoje, mas resumo: as pessoas cada vez mais usam o Google para encontrar o que precisam, não só a partir dos seus computadores e notebooks, mas também dos seus smartphones e tablets. Ou seja, se sua empresa não estiver lá, dificilmente conseguirá ter esse internauta como cliente, pois 81% do mercado de buscas no Brasil hoje é detido pelo Google e pesquisas comportamentais indicam que menos de um terço dos internautas avança para a segunda página do Google. Portanto, essa estratégia deve ser enfocada como uma estratégia de marketing voltada ao novo perfil do consumidor, que é o do consumidor ativo.

A boa notícia, especialmente para os micro e pequeno empresários como eu, é que se trata de uma comunicação muito barata comparada às mídias tradicionais e que pode fazer com que seu produto ou serviço, ao estar exposto quando buscado, tenha uma alta taxa de conversão de venda. Além disso, diferentemente das mídias tradicionais, tudo o que acontece no ambiente online é mensurável, sendo possível saber, inclusive, qual seção do seu site é o mais frequentado e o tempo dedicado pelo internauta para a sua leitura.

Por isso, ter uma comunicação integrada que abranja todos os aspectos da sua prestação de serviços ou do seu produto com foco no consumidor ativo é fundamental para o bom posicionamento de marketing atualmente. Como o trabalho de indexação dos buscadores é feito por reconhecimento de palavras-chave, a otimização do seu site para este mundo 3.0 deve passar também pelo próprio texto do seu site. E não me refiro apenas à questão de língua portuguesa com um texto correto dentro das normas gramaticais vigentes, pois isso é facilmente realizado por uma empresa de consultoria em línguas, como a CCLi, por exemplo. Estou me referindo especialmente à própria escolha das palavras desse texto, pois será por meio delas, dentre alguns outros fatores, que os buscadores indicarão o seu site para o topo da lista.

Durante o workshop foram apresentados vários conceitos sobre SEO (Search Engine Optmization, ou seja, otimização para as ferramentas de busca), incluindo as taxas de conversão das palavras-chave, os fatores de ranqueamento, a importância do uso de código limpo, o uso de link building, as ferramentas de acompanhamento, enfim, uma série de conhecimentos técnicos que são levados em consideração hoje quando se pensa em construir um site focado em comunicação 3.0.

Como esse mundo digital está ficando cada vez mais complexo e competitivo, fica difícil conseguirmos dominar todo esse conhecimento. Por isso, é muito importante que nós, empresários, fiquemos antenados a essas mudanças e busquemos parceiros que nos ajudem na comunicação com o cliente, para que ela seja integrada e contemple as necessidades do perfil do consumidor ativo.

Educação 3.0

Educação 3.0

No mês passado, participei do III Congresso Internacional de Gestão Educacional em São Paulo no qual o tema principal era a Educação 3.0. O que vem a ser isso exatamente?  O professor Rui Fava, autor de um livro sobre o tema, foi um dos palestrantes que abordaram diretamente essa questão e ajudou a responder a essa pergunta. Resumidamente, podemos usar a citação de Ron Faulds e Barb Fardell para dizer que Educação 3.0 é aquela que dialoga com a sociedade interconectada atual e que tem a difícil missão de “preparar estudantes para empregos que ainda não existem, usando tecnologias que ainda não foram inventadas, para resolver problemas que ainda não sabemos que serão problemas”.

Ao participar da provocante discussão levantada na palestra, percebemos como o contexto de ensino em geral está atrasado nessa missão de desenvolver competências necessárias para este cenário mencionado pelo professor. É preciso que o contexto educacional desenvolva pessoas que pensem, que desenvolvam a habilidade de buscar a essência, de separar o que é importante e útil daquilo que é descartável, enfim, que tenham “acuidade mental”, pois é esta habilidade que fará com que o ser humano esteja preparado para lidar com os desafios imprevisíveis hoje na formação.

Historicamente, ele dividiu a Educação em 3 fases:

  • Educação 1.0, vigorou até 1760 e tinha como objetivo ensinar o uso dos instrumentos, que eram como uma extensão do corpo do homem. O conhecimento era um meio.
  • Educação 2.0, vigorou de 1760 até 1990 e substituiu o esforço físico pelo esforço repetitivo. O conhecimento também era um meio.
  • Educação 3.0, começou após 1990 e substitui o esforço repetitivo e faz com que o conhecimento se torne um recurso.

Os desafios são enormes, pois esse novo cenário exige transformações radicais nas instituições de ensino, especialmente porque o aluno dessas instituições é radicalmente diferente dos alunos de antigamente. É preciso fazer com que o ensino esteja em sintonia com as habilidades que esses jovens possuem e que desenvolva as competências necessárias para que eles conquistem o seu espaço na sociedade atual. Nunca foi tão fundamental o conceito de relevância para a aprendizagem, pois o principal motivo do desinteresse dos jovens pela escola pode estar justamente no fato de estarem recebendo um sistema de ensino antiquado que não dialoga com as necessidades que possuem e que não se torna relevante do ponto de vista deles para o seu processo de aprendizagem.

Como consultor na área de educação, percebo que é realmente muito difícil conseguir realizar na prática essa contextualização do ensino, pois o elemento principal para essa transformação é o professor, que é frequentemente ignorado com relação à transformação atual, quando o foco fica mais voltado aos instrumentos tecnológicos, como iPads, internet e quadros interativos. É importante que toda instituição de ensino, seja de formação fundamental e média, seja de formação superior ou seja profissionalizante de cursos livres, desenvolva programas de treinamento de seus professores a fim de criar a cultura de aprendizagem contínua e de assimilação das necessidades e soluções que o mundo 3.0 nos apresenta. Apenas assim será possível realizar de fato essa transformação radical.

É por isso que, como proprietário de uma empresa que oferece cursos de ensino de línguas, sempre me preocupei em instituir soluções simples, mas que focam diretamente o aperfeiçoamento do quadro pedagógico, como reuniões semanais de debates, treinamentos contínuos com temas de relevância para os desafios do dia a dia, estímulo à especialização por meio do plano de carreira, reconhecimento dos projetos exitosos e convite à inovação. Só assim, acredito, uma empresa na área de educação conseguirá prosperar e atender os anseios da

Global Entrepreneurship Congress

Global Entrepreneurship Congress 2013, Rio de Janeiro

Global Entrepreneurship Congress 2013, Rio de Janeiro

No mês passado, foi realizado no Rio de Janeiro o Global Entrepreneurship Congress organizado pela Semana Global de Empreendedorismo, pela Kauffman Foundation e pela Endeavor Brasil. Participar deste evento foi uma ótima oportunidade para ampliar a visão de empreendedor e também perceber como o contexto social em que estamos inseridos pode potencializar ou amarrar a realização empreendedora dos seres humanos.

Um dos principais objetivos deste evento é, principalmente, criar um ambiente de troca de ideias e abordagens para fortalecer o crescimento econômico dos países envolvidos por meio de políticas e iniciativas favoráveis aos empreendedores. Por isso, houve painéis bastante políticos cobrando formas de o setor público auxiliar, ou pelo menos não atrapalhar, o desenvolvimento de empreendedores locais.

O alto nível de internacionalização do evento com delegados de vários países de todos os continentes faz com que o nível do debate e as soluções propostas sejam ímpares, pois mesmo contrastando realidades distintas, percebe-se que o impacto do empreendedorismo em qualquer país é importantíssimo para o seu desenvolvimento.

Muito se falou do Vale do Silício como modelo a ser seguido para desenvolvimento de polos empreendedores, pois o grande segredo que propulsionou o crescimento das empresas inovadoras naquela região dos EUA foi a facilidade de realizar trocas com outros empreendedores, facilidade de acesso a opiniões e capital para investimento em novas ideias. A teia disponível na região favorece empreendedores. A solução hoje, porém, não é simplesmente enviar bolsistas para a região para que retornem aos seus países com uma visão mais aprofundada, como foi amplamente feito na década passada, pois, além de muitos não retornarem, os que o fazem acabam não encontrando o ecossistema adequado para o desenvolvimento de ideias empreendedoras e acabam sofrendo as mesmas restrições e dificuldades enfrentadas antes. A melhor solução, acredito, é buscar uma união entre o setor público e o privado, assim como o terceiro setor, para que juntos possam criar esse ecossistema propício ao desenvolvimento de novas empresas que permite que um país possa trazer mais oportunidades para seu povo e desenvolver sua economia.

Participar do evento foi uma excelente oportunidade para ampliar os horizontes ao conversar com empreendedores de várias regiões do mundo e também para constatar mais uma vez como nosso país ainda é lento em estimular o desenvolvimento de políticas que levem ao empreendedorismo. Que nós, empreendedores e sociedade civil que apoiam a causa, nos unamos para exigir que esse tema entre no debate político a fim de que sejam possíveis melhores condições de competição internacional.

Sempre é tempo para aprender uma nova língua

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No artigo desta edição, tentarei desconstruir um mito que existe com relação à aprendizagem de línguas e que está presente em discursos, como os do tipo: “Estou muito velho para aprender um idioma!”. Na verdade, não existe uma idade limite para se aprender uma nova língua. Embora as pesquisas indiquem que as crianças tendem a aprender um segundo idioma com mais facilidade por estarem ainda no processo de formação das áreas cognitivas do cérebro e do aparelho fonador, não existem pesquisas que indiquem a impossibilidade de se aprender uma nova língua na terceira idade, por exemplo. Muito pelo contrário, pois há várias pesquisas que focam exatamente estratégias de ensino e aprendizagem de línguas neste contexto.

Dois principais motivos levam os adultos a buscarem aprender um novo idioma: a necessidade profissional ou a realização de um hobby. Enquanto os que buscam pela primeira razão costumam ter uma forte dose de pressão durante o processo de ensino e aprendizagem, os que buscam pela segunda razão acabam se envolvendo mais e, por isso, muitas vezes costumam ter um desenvolvimento superior aos primeiros. Como sabemos na prática, o estresse limita nossa capacidade de concentração e memorização. Por isso, é importante planejar-se profissionalmente, com cerca de dois ou três anos antes de haver a necessidade real, para começar a estudar o idioma que poderá ser importante na sua carreira. Como atualmente saber inglês é quase mandatório, este planejamento recai, muitas vezes, sobre o terceiro idioma, que virá a ser o principal diferencial.

É importante frisar que, para a grande maioria das pessoas, aprender um novo idioma será sempre um desafio, independentemente da idade. Falar um outro idioma é uma atividade tão complexa que já há estudos sugerindo que falantes bilíngues com disposição genética para desenvolver a doença de Alzheimer acabam retardando o início da doença e tendo uma evolução mais branda do que os que falam apenas uma língua. Para enfrentar esse desafio, o adulto deve procurar um curso que atenda ao seu perfil, pois com certeza não será o mesmo curso oferecido a uma criança ou a um adolescente.

Nós, adultos, temos muitas vantagens ao aprender um novo idioma:

  • Possuímos um grande repertório de vida que nos possibilita fazer um leque maior de associações;
  • Já temos nossa habilidade comunicativa desenvolvida na língua materna;
  • Podemos discutir temas de nosso interesse, aumentando nossa motivação;
  • Conseguimos utilizar nossa habilidade de resolver problemas como aliada da aprendizagem;
  • Somos críticos durante o processo de aprendizagem;
  • Temos mais autonomia como aprendizes;
  • Apresentamos um repertório de estratégias de aprendizagem que podem ser aplicadas ao estudo de uma nova língua.

Portanto, deixe de lado essa história de estar velho demais para aprender um novo idioma, procure um curso que atenda às suas necessidades específicas, aproveite suas vantagens como um aprendiz adulto e divirta-se desenvolvendo uma habilidade que é tão importante em nossos dias de hoje! Fica a dica!

Estratégias Diretas de Aprendizagem: Estratégias de Memória

No post anterior, fiz uma breve introdução sobre as estratégias de aprendizagem de línguas estrangeiras, que podem ser divididas em estratégias diretas e indiretas. As estratégias diretas de aprendizagem podem ser divididas em 3 categorias. No post de hoje, detalharei melhor a primeira delas: as estratégias de memória.

As estratégias de memória são divididas em 4 grandes blocos:

  1. Criação de relações mentais
  2. Uso de imagens e sons
  3. Revisão
  4. Ação

Como podemos utilizar a criação de relações mentais para aprender uma língua? Uma das técnicas é a de agrupamento. Nossa memória é ajudada quando agrupamos coisas comuns que fazem sentido juntas, pois se torna mais fácil de lembrar desta maneira. Ao aprender a palavra subway, por exemplo, em vez de simplesmente traduzi-la para metrô, seria muito mais interessante agrupá-la às outras palavras que já conhece e que estão relacionadas a transportes, por exemplo (car, bus, train, etc.). Desta forma, será muito mais fácil para sua memória armazenar este novo conhecimento.

Outra técnica muito utilizada é a da associação. Muitos já devem ter percebido que quando conseguimos associar um nome a um rosto, por exemplo, quando conhecemos alguém, temos muito mais facilidade de lembrar novamente da pessoa do que quando não fazemos essa relação. As associações, geralmente, são feitas com o seu conhecimento já existente e são muito individuais. Você pode associar uma palavra ou uma frase nova a uma experiência que já teve que lhe remete ao que está aprendendo no momento. Usando o mesmo exemplo, ao aprender a palavra subway é possível associá-la com experiências que já teve com este meio de transporte. Assim, ao ouvir a palavra novamente, seu cérebro a decodificará pela lembrança da sua associação e não pela tradução da palavra. Dê asas a sua imaginação durante suas aulas e procure fazer o máximo de associações possíveis.

A contextualização também é outra técnica para criar relações mentais. É muito importante aprender as palavras dentro de um contexto, pois, como sabemos, elas podem adquirir significados diferentes dependendo do contexto em que são utilizadas. O mesmo exemplo também serve de ilustração, pois subway além de significar o meio de transporte também se refere a uma cadeia de fast food. Será o contexto que lhe dará a segurança de entender quando estão se referindo a um ou a outro. Em suas aulas, procure sempre observar o contexto e associar o conhecimento novo a ele.

Além da criação de relações mentais, usar imagens e sons para memorizar é uma estratégia muito importante. Em vez de traduzir uma palavra que acabou de aprender, por exemplo, você pode desenhar o que ela significa, por exemplo. Ao voltar a estudar aquela lição, você conseguirá associar a palavra à imagem do seu próprio desenho e lembrar o seu significado sem precisar pensar na sua língua materna. O mesmo pode ser feito com os sons, pois algumas pronúncias nos fazem lembrar do sentido das palavras e fazer essas associações sonoras ajudará a conseguir lembrar mais facilmente.

Como todos que estudam línguas sabem, não adianta se esforçar o máximo durante uma aula apenas, empregando todas as estratégias possíveis. Para memorizarmos, é preciso revisar. A revisão estruturada nos fará entrar em contato novamente com o conteúdo aprendido e reforçará seu sentido em nossa memória. É essa revisão constante que ajudará o vocabulário inicialmente passivo a se tornar ativo para uso na conversação. Quanto mais se dedicar a revisar o conteúdo aprendido, mais facilidade terá para se lembrar das palavras durante a conversação.

Por fim, podemos também empregar ação durante a aula para reforçar nossa memória. Um exemplo que acredito ser muito comum a todos é quando o professor exige que se peça, em inglês, licença para ir ao banheiro, quando for necessário. Como toda vez em que precisar realizar esta ação, terá que fazer na língua-alvo, os alunos acabam memorizando a expressão mesmo sem conhecer toda a gramática da frase. Nestes casos, em vez de se preocuparem tanto em “formar a frase gramaticalmente correta” como costumam fazer nas atividades de conversação, acabam se lembrando da frase toda sem problemas porque está diretamente associada a uma ação. Procure, então, fazer uso de respostas físicas, ou mesmo emocionais, durante suas aulas para potencializar seu processo de memorização.

Espero ter conseguido esclarecer um pouco sobre como podem usar as estratégias de memorização ao aprender idiomas. Caso tenha dúvidas ou queira explicações mais aprofundadas, fique à vontade para me escrever. No próximo post, abordarei as estratégias cognitivas.